domingo, 13 de novembro de 2011

As duas irmãs - Agatha Christie

Editora: ASA
Nº de páginas: 272
Ano de publicação: 2011
Publicado sob o pseudónimo de Mary Westmacott, As Duas Irmãs é uma das seis obras romanceadas de Agatha Christie. Um livro publicado pela primeira vez no Reino Unido em 1956. 
Laura e Shirley Franklin são as irmãs. Laura é a filha primogénita de Arthur e Angela, tendo sido uma criança concebida para amenizar a dor da perda do casal, devido à morte do pequeno Charles, o primeiro filho. Mas a menina não é o que os pais desejavam, «..é uma criança muito querida, mas é tão desenxabida…tão franzina e pálida». 
Laura cresce assim num clima familiar de desamor e indiferença. Poucos anos mais tarde nasce Shirley, um bebé encantador. Com o brotar desta nova vida no lar, Laura sente o amargo sabor do ciúme, e chega mesmo a desejar a morte da irmãzinha. Tal sacrilégio tempos depois quase torna-se real, e é então que Laura muda drasticamente a sua atitude em relação à irmã, protegendo-a como se fosse sua mãe. Quando o amor se transforma em obsessão, as consequências nunca são boas. Este é o prenúncio que marcará o resto da vida das irmãs.

A meio do livro há um corte no enredo, entrando uma nova personagem, tornando o encadeamento da acção intercalado. Embora essa segunda parte do livro seja relacionada com alguns dos personagens, há efectivamente desagrado ao saber que a primeira parte não é continuada, sem interpolações. Em As Duas Irmãs o epílogo é apresentado superficialmente, não acrescendo água à boca do leitor. Um leitor habituado ao suspense dos policiais da autora.
Tendo em base este romance atrevo-me a dizer que este não é o registo em que Agatha se destaque e não é notório o seu potencial criativo.

Somando tudo o que foi lido, acrescento que esta história engloba mais do que apenas o conto de duas irmãs. Relata sobre o amor e como um sentimento de pertença pode tornar-se destrutivo. Agatha Christie quis transmitir neste romance que alguns pais amam seus filhos de forma diferente. Mesmo fazendo-o inconscientemente.

4 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Um amor pode ser diferente e não ser desigual!
Agradeço a simpática visita!

RobertaFrontini disse...

Já comprei...agora é ter tempo de ler (Roberta - FLAMES)

Teté disse...

Pois, também prefiro Agatha Christie no género policial. Os dois livros que li dela com este pseudónimo, romances, também não me encheram as medidas... :)

Anónimo disse...

Nunca li nenhum livro com esse pseudónimo dela. gosto dos normais,os policiais