segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Filme: Um Dia (One Day) 2011

Trailer

Baseado no livro bestseller homónimo de 2009 de David Nicholls – publicado em Portugal pela Civilização Editora - Um Dia é um filme que é protagonizado por Anne Hathaway e Jim Sturgess, que interpretam na tela Emma Morley e Dexter Mayhew, respectivamente. 
A abertura do filme tem o ano de 1988 em pano de fundo. Emma e Dexter depois de passarem a noite de formatura juntos, comprometem encontrarem-se anualmente no mesmo dia em que se conheceram, para ver como as suas vidas pessoais e profissionais vão desenrolando, tendo por base a amizade que os une. A relação entre Emma e Dexter não é uma relacção vincada pela frontalidade de sentimentos a que cada um sente perante o outro e é no suceder de anos que o sentimento que os une fortalece. O filme se concentra muito nos dois personagens, assim como na viagem retro através da música e mudanças drásticas na sociedade perante as quase duas décadas.
Anne Hathaway apresenta-nos uma personagem sonhadora e ambiciosa mas ocasionalmente irritante, devido a uma pronúncia claramente esforçada. O livro de David Nicholls obteve um enorme sucesso mundial devido aos seus fascinantes elementos românticos. Eu não li o livro, mas aposto que este será mais agradável e fascinante que o filme.
Apontando fraquezas: Anne Hathaway  e os seus variantes sotaques ao longo do filme, dependendo da cena. Sendo a sua personagem uma londrina, a actriz devia manter o dialecto british, o que não aconteceu, criando uma desuniformidade de carácter na sua personagem. Notei um grande esforço da parte da actriz para conseguir deslargar o seu sotaque norte-americano. Penso que não foi a actriz melhor escolhida para o papel; Os trabalhos de envelhecimento nos dois protagonistas não são muito convincentes visualmente. Entre 1988 e 2006 interpõe-se um hiato de 18 anos, e as únicas diferenças que notei nos actores foi a mudança de indumentária e de corte de cabelo. O rosto deles não foi minimamente trabalhado para que o espectador notasse o envelhecimento das personagens. Um descuido imperdoável; O fio condutor da história chega a cenas que entrelaça-se e emaranha-se de tal forma que é difícil compreender alguns acontecimentos; Os personagens secundários estão no filme, como bolas de natal para uma árvore.


Mas no seu todo o filme não é fardo para quem o vê, por isso realço alguns aspectos positivos, nomeadamente em algumas cenas em que a realizadora Lone Scherfig usa jogos de espelhos subtis, realçando momentos sensuais; O final da história não é a que estava à espera que fosse, embora admitamos que não tenha sido um mérito da realizadora, mas do enredo figurado pelo escritor.

Em suma, um filme completa e absolutamente banal.

2 comentários:

Teté disse...

Sendo assim, vou esperar que dê na TV... :)

Anónimo disse...

Gostei deste filme, mas preferi o livro. É mais descritivo e compreende-se melhor o enredo.