domingo, 30 de abril de 2017

5 livros de José Eduardo Agualusa chegam às livrarias em Maio

A Quetzal Editores faz chegar às livrarias na terceira semana de Maio um rol de livros já publicados pelo autor José Eduardo Agualusa. São quatro os livros que ganham novas edições e capas deste escritor angolano cujas obras estão traduzidas para diversas línguas europeias.
São eles A Conjura (romance, 1988), Estação das Chuvas (romance, 1996), Catálogo de Sombras (contos, 2003) e As Mulheres do Meu Pai (romance, 2007).

Juntamente com estes títulos é publicado o novo livro do escritor, A Sociedade dos Sonhadores Involuntários.
Texto sinóptico
O jornalista angolano Daniel Benchimol sonha com pessoas que não conhece. Moira Fernandes, artista plástica moçambicana, radicada em Cape Town, encena e fotografa os próprios sonhos. Hélio de Castro, neurocientista brasileiro, filma-os. Hossi Kaley, hoteleiro, antigo guerrilheiro, com um passado obscuro e violento, tem com os sonhos uma relação ainda mais estranha e misteriosa. Os sonhos juntam estas quatro personagens num país dominado por um regime totalitário à beira da completa desagregação.

A Sociedade dos Sonhadores Involuntários é uma fábula política, satírica e divertida, que desafia e questiona a natureza da realidade, ao mesmo tempo que defende a reabilitação do sonho enquanto instrumento da consciência e da transformação.

Literatura e Humor, os géneros de alguns dos livros a publicar em Maio pela Sistema Solar | Documenta

QUINO - 60 anos de humor
Livro publicado por ocasião da exposição «Quino 60 anos de humor», do artista vencedor da 18.ª edição da Cartoon Xira e apresentada entre 22 de Abril e 28 de Maio de 2017 no Celeiro da Patriarcal, em Vila Franca de Xira.

O humor de Quino é antiutópico. Este mundo não lhe permite alentar qualquer esperança. Ele não pode oferecer vidros coloridos. Que o façam os outros. Ele expõe a impossibilidade do homem no mundo mercantilizado, mecanizado, caótico, doente, egoísta, competitivo e frio do capitalismo. As suas notas também atingem a massificação e o autoritarismo dos regimes coletivistas. […]

Se o mundo é assim como Quino diz que é, é preciso fazer algo. E aqui reside a glória de um grande artista: mostrar-nos o horror do dia a dia, o intolerável do que é aceite, o pesadelo que habita o sonho, a impossibilidade – neste mundo já decidido – de tudo o que podemos amar. Quino não desenha utopias. Não acredita – suponho – que o futuro trará certamente algo de melhor. No entanto, o impiedoso presente que desenha só nos pode levar a querer mudá-lo. Toda a mudança implica imaginar um futuro diferente. Quino impele-nos a isso: ao futuro, à coragem, às nossas mais verdadeiras potencialidades. Assim, e não paradoxalmente, a sua negrura, o seu impiedoso ceticismo transforma-se em prática. [José Pablo Feinmann]
A editora disponibiliza, aqui, para leitura imediata as primeiras páginas do livro.


Cartoons do ano 2016
Livro publicado por ocasião da exposição «Cartoons do ano 2016», apresentada entre 22 de Abril e 28 de Maio de 2017 no Celeiro da Patriarcal, em Vila Franca de Xira.

Os cartoonistas desta 18.ª edição da Cartoon Xira são António Antunes [Vila Franca de Xira, 1953], José Bandeira [Lisboa, 1962], Carlos Brito [Lisboa, 1943], André Carrilho [Amadora, 1974], Augusto Cid [Horta, Açores, 1941], Cristina Sampaio [Lisboa], Vasco Gargalo [Vila Franca de Xira, 1977], António Jorge Gonçalves [Lisboa, 1964], António Maia [Rio Maior, 1951], Rodrigo de Matos [Angola, 1975] e Cristiano Salgado [1977].

2016 mostrou-nos um mundo a precisar de sarar as feridas. Algumas antigas, do Vietnam ao Japão, de Cuba ao Irão. Barack Obama deu passos em direções prometedoras. Mas há demasiadas feridas abertas, da Síria ao terrorismo sem fronteiras. Velhos e novos ditadores num mundo que começou a erguer barreiras à globalização. [...] O cartoon é uma janela rasgada sobre o nosso mundo. Não precisa de muitos artifícios para nos fazer rir (tantas vezes de nós próprios), para nos fazer pensar, para arranhar a indiferença e a prepotência. É um exercício de liberdade tão incómodo como imprescindível para aferirmos a nossa liberdade. [António José Teixeira]
A editora disponibiliza, aqui, para leitura imediata as primeiras páginas do livro.

Nova Safo, de Visconde de Vila-Moura

Homossexualidades feminina e masculina
necrofilia, nanofilia
o aristocrático escândalo de 1912.
Decadentista convicto, [o Visconde de Vila-Moura] surpreendia-se quando lhe chamavam romântico: Eu fui, algures, apodado de romântico, eu que ousei um dos mais estranhos e difíceis capítulos da vida humana; a loucura sensual na Nova Safo. […]
Maria Peregrina, a Nova Safo do romance, tenta argumentar e defender a sua razão sensual de existir, a sexualidade «extravagante» que é conflito dolorosíssimo entre o instinto próprio e a mesquinhez alheia, esse conflito que não resulta da acuidade da inteligência, mas de um mistério emocional; fá-lo sobretudo na longa «Elegia da Morte» que conclui o livro. Maria Peregrina permite-se conceder a si própria o direito a toda a perversão, se perversão é amar a parte bela da matéria. E não se trata de uma atitude onde não caiba Deus: Creio no Deus de todos os cultos, embora aborreça a liturgia que o oculta.
A minha bondade aceita em pé de igualdade, lê-se na «Elegia», o amor idealista de Santa Teresa de Jesus — a mística, os impulsos bestiais de Calígula e as ordens alucinadas de Nero, determinando-se em sensualidade ou incendiando Roma para mergulhar a alma sublimemente perversa nas labaredas de uma civilização a arder. Uma experiência de vida moldada por todas as liberdades sensuais foi o que lhe acurou os vícios; sugeriu-lhe a defesa íntegra dos seus actos e criou, paralelamente a um niilismo de sentido, uma Filosofia que prende a uma Liberdade amoral que vai além da outra — a que peja os Códigos, as Bíblias. Maria Peregrina não cabe dentro do mundo, e decide: vou ser o Éter que me sobe à nova Vida.
Flaubert afirmou que era a Madame Bovary; o visconde de Vila-Moura poderia ter afirmado: eu sou Maria Peregrina. [Aníbal Fernandes]
A editora disponibiliza, aqui, para leitura imediata as primeiras páginas do livro.


A Costa de Falesá, de Robert Louis Stevenson

Uma história que me trespassou
como uma bala,
num momento de pânico
quando me senti sozinho nesta selva mágica.
Logo aos primeiros contactos com a realidade dos Mares do Sul, Robert Louis Stevenson pressentiu que ia escrever uma obra que os teria por cenário e se destacaria de todas as vozes até então surgidas na literatura com a mesma inspiração. Uma sua carta do final de 1889 refere-se a este projecto: Tenho agora na mente o desenho do meu livro. Se eu conseguir chegar até ao seu fim, poucas obras haverá no mundo com tão grande ambição. [Aníbal Fernandes]
A editora disponibiliza, aqui, para leitura imediata as primeiras páginas do livro.
Outras novidades de Maio da Sistema Solar | Documenta:
Manuel António Pina - Uma Pedagogia do Literário, de Rita Basílio
Imagens em Fuga - Os fantasmas de François Truffaut, de José Bértolo
O Bigode Escondido na Barba, de Francisco Tropa
Terra Incógnita, de Inez Teixeira
Almanach Zuturista, de Manuel Vieira, Pedro Portugal e Pedro Proença

sábado, 29 de abril de 2017

«Crocodilo e Girafa - Um par de namorados a sério», de Daniela Kulot

Editora: Kalandraka
Data de publicação: 24/03/2017
N.º de páginas: 32

Uma girafa e um crocodilo, um casal de namorados que não prescinde a companhia um do outro, vivem numa casa feita às suas medidas desproporcionais. Num dia, ambos decidem ir dar um passeio. Tiram à sorte e calha deslocarem-se à Cidade-Girafa. Chegados aí, visitam uma loja de gelados e uma loja de roupa, mas o bem-estar de ambos fica comprometido devido aos olhares incisivos e sussurros dos congéneres do elemento feminino do casal. «que par tão estapafúrdio!», chegaram a comentar.
Dado o imbróglio, eles decidem ir à outra cidade, a dos Crocodilos, mas também lá as atitudes dos seus habitantes são idênticas: apontam o dedo, cochicham, riem-se…
A girafa e o crocodilo ao regressarem a casa, deparam-se com um incidente. Ao protagonizarem um feito heróico, o estigma que os elementos da mesma natureza de ambos tinham alimentado acerca da relacção deles ficará dilacerado. E onde havia um cerco delineado tácitamente entre as duas cidades e entre os habitantes destas, restou apenas uma lição: devemos aceitar as diferenças e respeitar os outros, independentemente das aparências, do que é visível aos olhos.
Crocodilo e Girafa - Um par de namorados a sério, álbum publicado originalmente na Alemanha em 2006, é o quarto título publicado pela Kalandraka de uma série de cinco (o volume que fecha a colecção tem como tema o Natal), que tem como protagonistas este atípico e bem disposto casal.
A par do texto com mensagem optimista, Daniela Kulot (n. 1966) junta ao mesmo coloridas e animadas ilustrações cujos detalhes não são deixados ao acaso.
Krokodil und Giraffe - ein richtig echtes Liebespaar foi traduzido para português por Maria Hermínia Brandão, que assinou também a tradução de Crocodilo e Girafa, uma família igual às outras e Um Pequeno Crocodilo ternurento que só visto, ambos publicados em 2011.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

«Ioga para Corrigir a Visão», de Kazuhiro Nakagawa

Editora: Pergaminho
Data de publicação: 03/02/2017
N.º de páginas: 216

Nunca as pessoas fizeram tanto uso de computadores, smartphones, videojogos e outros aparelhos digitais como actualmente. Enquanto a electrónica avança exponencialmente, mais aparelhos são afinados e desenvolvidos para satisfazerem as necessidades e também dependências dos consumidores.
Oitenta por cento de todas as informações externas que os seres humanos obtêm são visuais. Para uma pessoa, tudo começa com o que ela vê através de seus olhos.
No livro Ioga para Corrigir a Visão, do médico Kazuhiro Nakagawa, ele é peremptório a afirmar que «muitos dos que pensam que têm boa visão estão de facto a enganar-se a si mesmos.» Será este o lado menos positivo dos utilizadores de aparelhos que vêm facilitar as comunicações e proporcionar melhor qualidade e comodidade, mas que vêm igualmente potenciar problemas ligados à visão?
O programa de treino de recuperação visual deste japonês, diretor do Vision Fitness Center em Tóquio, é baseado nos princípios de controlo sensorial do ioga e em outras práticas orientais. Esta abordagem baseada no poder da mente, tem o seguinte mote: «os olhos e o cérebro são como amigos inseparáveis, que trabalham sempre juntos.»
Na primeira metade do livro, o autor faz uma introdução a este seu método que já ajudou a melhorar e combater por completo a milhares de seus pacientes muitos problemas relacionados com a visão – das 216 páginas que o livro tem, cerca de 30 são preenchidas com resultados numéricos e percentuais optométricos do antes e depois dos pacientes terem sido apresentados a este método, e com testemunhos de quem afirma ter aliviado e vencido doenças como a miopia, a hipermetropia, o estrabismo, o astigmatismo e a ambliopia; para o número de páginas do livro, esta autopublicidade revela-se desmesurada.
Só quando as técnicas e exercícios são apresentados ao leitor, é que a obra começa a ganhar interesse, pois cativar o leitor, escrever pensando nele, este japonês não o faz – e já tem mais de dez livros publicados.
Em relacção aos exercícios apresentados, como o do 'círculo/triângulo/quadrado' ou o do 'ziguezague', para quem costuma ter os olhos cansados, secos, etc., estes são muito simples de pôr em prática e têm a mais-valia de terem figuras demonstrativas ao lado a exemplificar cada passo. Pestanejar, respirar, bocejar, massajar e visualizar são passos tão simples, mas que podem melhorar muito a nossa acuidade visual.
Quase no fim do livro, são apresentadas técnicas para os leitores que passam muito tempo a ler, e por consequente, ficam com os olhos fadigados. Kazuhiro Nakagawa expõe também os passos de um exercício muito precioso, intitulado 'Leitura rápida'. Quem não gostava de ler mais e em menos tempo? Ler ao dobro da velocidade habitual e ler uma linha de uma só vez?
Ioga para Corrigir a Visão é, portanto, uma obra com muitos conselhos úteis para quem sofre de desordens oculares. Todavia, e tal como o autor refere, os exercícios para surtirem efeitos devem ser postos em prática regularmente, com paciência e perseverança. A ver vamos…


Excertos
«Para evitar a depressão, é essencial tratar bem os olhos, que são os pontos de entrada da luz.» (p. 38)

«Como são os olhos que determinam a visão, quando os seus músculos se tornam rígidos, o sentido de equilíbrio da pessoa começa a vacilar facilmente.» (p. 106)

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Novo livro de Philippe Claudel: «A árvore dos Toraja»

A árvore dos Toraja é um romance sobre um cineasta que procura entender o lugar que a morte do seu melhor amigo ocupa na sua vida. Este novo livro de Philippe Claudel chega às livrarias a 27 de Abril com chancela da Sextante Editora.

Texto sinóptico
«O que são os vivos? À primeira vista tudo parece evidente. Estar com os vivos. Mas que significa isso, verdadeiramente, estar vivo? Quando respiro e caminho, quando como, quando sonho, estou inteiramente vivo? Quando sinto o calor doce de Elena estou mais vivo? Qual é o grau mais elevado de estar vivo?»
Um cineasta no meio da vida perde o seu melhor amigo e reflete sobre o papel que a morte ocupa na nossa existência. Entre duas mulheres maravilhosas, entre o presente e o passado, na memória dos rostos amados e na luz dos encontros inesperados, A árvore dos Toraja celebra as promessas da vida.

Críticas de imprensa
«A morte. A morte para melhor evocarmos a vida e os sentimentos que ela faz nascer em nós ao longo da nossa passagem pela terra.»
Valérie Trierweiler, Paris-Match

«No centro dos seus pensamentos livres, na origem do desassossego contra o qual ele luta, fica o acontecimento que é a morte, «a força que os homens têm de sobreviver», a faculdade de «aprender a morrer», na qual acreditavam Sócrates e Montaigne, a capacidade de continuar a viver após a morte do outro.»
Nathalie Crom, Télérama

Novidades Texto & Grafia: «A Verdade sobre a Tragédia dos Romanov» e «ABC das Finanças»

No centenário da Revolução Russa, a Texto & Grafia faz chegar às livrarias um livro esgotado há algum tempo: A Verdade sobre a Tragédia dos Romanov. Esta é uma obra fundamental para a compreensão do período e da evolução do próprio processo revolucionário.

O número 6 da coleção Novos Paradigmas, ABC das Finanças, é a outra novidade de Abril. Neste livro colaboraram especialistas de renome mundial nas áreas das finanças e da gestão empresarial, que são ao mesmo tempo colaboradores regulares da Harvard Business Review Press e Harvard Business School Press.

«Finalmente Compreendo o Meu Cão», um manual de treino e educação de cães


Finalmente Compreendo o Meu Cão
Um guia completo de lazer, treino e comportamento para todas as raças, tamanhos e idades.
de Nicole Gil

Texto sinóptico
Já tem um cão ou pensa vir a ter? Quer descobrir como comunicar com ele, conhecer os métodos de ensino mais atuais e aprender a conviver no dia a dia com o seu amigo de quatro patas? Quer conhecer as diversas atividades de lazer e desporto que pode fazer com ele? Interessa-lhe saber porque é que cada vez mais pessoas se mostram entusiasmadas com o treino dos seus cães? Então leia este livro! O treino dos nossos cães é uma tarefa que pode ser muito divertida e que fortalece a nossa relação com eles. Educação é divertimento, e não é, ou não devia ser, sinónimo de punição.

Não são apenas os cães grandes, fortes e vigorosos que necessitam de ser bem treinados. Os cães não têm todos as mesmas apetências e necessidades e não tentam ser «chefe de matilha». Descubra neste livro como lidar com o comportamento do seu melhor amigo e ensine-o da forma mais adequada. 1 ano de trabalho intenso = 10 anos com um cão que quase não dá trabalho!

Alguns dos temas abordados:
Raça, género e idade
Os Cães e as crianças
Os cães e os outros animais
A educação do seu cão
Alimentação
Alojamento e férias
Treinamento passo a passo

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Neste sábado é apresentado no Funchal o livro «As Receitas da Minha Querida Mãe»

O livro de receitas As Receitas da Minha Querida Mãe, de Katia Aveiro e Dolores Aveiro, será apresentado ao público madeirense no próximo dia 22, na Fnac Madeira Shopping. O evento tem início às 16h. 
De referir que este livro publicado pela EuroImpala Books pode ser também adquirido em qualquer uma das lojas do Diário de Notícias, além de estar disponível nas livrarias.

O lançamento oficial da obra decorreu no passado dia 8, em Lisboa, e teve uma grande afluência de público (ver fotos aqui).

sábado, 15 de abril de 2017

Um novo "livro amarelo" da Guerra e Paz Editores


Apocalipse / Apocalipse
de D. H. Lawrence / João de Patmos

Texto sinóptico
Eis Jesus Cristo, resplandecente, em toda a sua glória. É com essa visão, literária, que este livro começa.
Aqui se inaugura um género novo, como com a Ilíada se inaugurou o poema épico. Que género é este? Apocalíptico, como diz Helder Guégués no breve ensaio que justifica terem-se juntado, neste livro, o texto que o apóstolo João (foi ele?) terá escrito em Patmos e o texto que sobre esse texto escreveu D.H. Lawrence?
E que coisa quer dizer apocalíptico que não seja a Revelação, essa revelação que nos chega, não pelo pensamento e pela razão, mas pelas VISÕES FULGURANTES EM QUE ESTE LIVRO É PRÓDIGO, a começar na visão do Trono onde, semelhante à pedra jaspe e sardónica, Um está sentado, esse Um, que guarda o Livro escrito por dentro e por fora, selado a sete selos, ao seu redor quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás.
Este é um livro profético por ser também o livro de triunfo de seres e coisas imaginárias, das coisas que nunca vimos, mas que hão-de vir, livro da Besta e da obscuridade. Eis um texto seminal, um protolivro, e o que um grande autor, D.H. Lawrence, escreveu sobre esse mesmo livro.

Sobre a colecção Livros Amarelos:
Os textos falam uns com os outros. Amam-se, negam-se, tocam-se uns aos outros.
livros amarelos é o paparazzo da história da literatura e do pensamento: revela as relações comprometedoras de textos célebres. 

«Ensaio Sobre a Cegueira» numa edição deluxe

Uma nova edição única e exclusiva de Ensaio Sobre a Cegueira, de Saramago, é publicada pela Guerra e Paz no próximo dia 19.

Seguno nota editorial, «esta é uma edição única e irrepetível que nasce da amizade do editor José da Cruz Santos com José Saramago, que o juntou a Vasco Graça Moura e Rogério Ribeiro. Desse encontro nasce esta edição raríssima do aclamado romance de José Saramago com prefácio inédito de Vasco Graça Moura e dez ilustrações do pintor Rogério Ribeiro. Uma edição que é também um «livro de arte», que bibliófilos e coleccionadores vão especialmente apreciar.»

São apenas 500 exemplares, publicados em edição de capa dura e lombada de tecido, 320 páginas + 20 a cores, que perpetuam o encontro destes três nomes, num livro que não voltará a ser editado.

Livro infantil de Maria Teresa Maia Gonzalez explica o fenómeno de Fátima às crianças

São inúmeros os livros que desde o início de 2017 têm sido publicados em Portugal com a temática das aparições de Fátima, neste ano em que se assinala o centenário da primeira aparição na Cova da Iria. São livros ensaísticos, uns a exaltar a égide, outros são teorias da conspiração. A extrema maioria destes títulos são direcionados ao público adulto.  


A pensar nos pré-leitores, a Editora Zero a Oito acaba de publicar uma obra infantil sobre Fátima, de Maria Teresa Maia Gonzalez, autora premiada diversas vezes pelo PNL. Tens uma Mensagem, com ilustrações de Carla Nazareth, «é um livro importante, para explicar aos mais novos o que aconteceu num tempo em que tudo era muito diferente do mundo que hoje os rodeia.»

Escrito pela autora de A Lua de Joana, este livro fala sobre a aparição de Nossa Senhora, mas também sobre a importância de acreditar, de comunicar e de ter fé. Um livro que noz traz uma mensagem única: a mensagem de Nossa Senhora e do amor incondicional.


O Livro da Ave-Maria é outro livro infantil da mesma autora e ilustradora, que chegou simultaneamente às livrarias.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Passatempo: «A Última Paragem», de Matt de la Peña e Christian Robinson

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A Última Paragem é um livro infantil com texto de Matt de la Peña e ilustrações de Christian Robinson. Esta obra multipremiada internacionalmente (podes ver aqui alguns dos prémios conquistados) foi publicada recentemente pela Editora Minotauro e é o prémio que podes ganhar se fores o vencedor deste passatempo.

Assiste a um vídeo de apresentação do livro, versão inglesa, clicando aqui.

As participações são válidas até ao dia 21 deste mês, na página deste blogue no Facebook (AQUI).

Criar mundos individuais é o objectivo da obra infantil «Quebra-cabeças»

Quebra-cabeças, um livro que aborda temáticas como a diversidade, colectividade e reciclagem, recebeu a Menção Especial na Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha em 2016 na categoria de 'Disability'. Esta obra do argentino Diego Bianki, recentemente publicada pela Kalandraka, contém instruções para os pequenos leitores construirem os seus próprios puzzles tridimensionais a partir de objectos que os pais tenham em casa, como embalagens e caixas de cartão usadas (caixas de lâmpadas, de medicamentos, de pasta de dentes, de sabonetes, etc.). O próprio autor diz que para criar a história do livro teve de reciclar muitas e muitas caixas.
Texto de apresentação
"Recuperar, reciclar e reutilizar" é o lema do autor no momento de encarar o processo artístico deste livro. Com uma abordagem simples e original, utilizando caixas de cartão, pintadas e ordenadas como um quebra-cabeças, Diego Bianki cria um mundo de diferentes identidades que, por sua vez, se inter-relacionam. Com este singelo antídoto lúdico contra a discriminação e a exclusão, os leitores são convidados a jogar e a experimentar, acrescentado depois novas combinações, para que cada um construa o seu próprio catálogo de identidades infinitas, tornando este quebra-cabeças cada vez maior..
Sobre o autor
Diego Bianchi (Bianki) (Argentina, 1963)é Professor de desenho e designer (Universidade Nacional de La Plata). É ilustrador, diretor de arte da chancela Pequeño Editor – da qual é cofundador – e autor de livros ilustrados para o público infantil e juvenil. Colabora com jornais e revistas de vários países, para além de participar em festivais e jornadas sobre edição, ilustração e literatura infantil. Pelas suas obras recebeu, entre outros, o Prémio Novos Horizontes da Feira Internacional do Livro de Bolonha (2013), o Prémio Konex de Ilustração 2012 e foi seleccionado para a lista da White Ravens.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Clássico da literatura húngara, de Antal Szerb, chega a Portugal

Viajante à Luz da Lua é uma das obras mais aclamadas de Antal Szerb, uma das principais personalidades da literatura húngara do século XX, e chega pela primeira vez a Portugal com edição da Guerra e Paz e tradução de Piroska Felkai. Estará nas livrarias a partir de 19 de Abril.
Não há ninguém que o tenha lido que o não tenha amado.
Nicholas Lezard, The Guardian


Texto sinóptico
Mihály, um homem de negócios de Budapeste, vai passar a lua-de-mel em Itália com a mulher, Erzsi. Os problemas começam na primeira paragem, Veneza, mas é em Ravena que um antigo amigo de Mihály perturba o casal com histórias do passado.
Ao perder o comboio para Roma, Mihály foge da mulher e vagueia pelo país, numa viagem de autodescoberta. Dividido entre o desejo e o dever, o que quer e o que os outros esperam de si, a boémia da adolescência e as responsabilidades de adulto, Mihály reencontra os seus fantasmas e questiona o sentido da vida.
Amor e morte cruzam-se neste romance trágico-cómico de 1937, uma obra-prima do húngaro Antal Szerb.

Uma nova e cuidada edição de «Moby-Dick» chega às livrarias

Uma das grandes apostas da Editora Guerra e Paz para este mês é Moby-Dick, obra prima de Herman Melville, o mais experimental dos romances, um dos livros mais importantes jamais escritos. Chega às livrarias portuguesas a 19 de Abril e tem o selo da Editora Guerra e Paz. Esta edição, com uma nova, rigorosa e cuidada tradução de Maria João Madeira, inclui, além da caracterização das personagens e do mapa da viagem do navio Pequod, um ensaio de outro grande escritor, D.H. Lawrence, acerca desta obra que o norte-americano Herman Melville publicou em fascículos em 1851.

Texto sinóptico
Uma das mais esmagadoras obras de aventura e vingança da história da literatura.
Uma baleia, um barco, um homem.
Moby-Dick, obra prima de Melville, o mais experimental dos romances, é a história de um louco e da sua vingança.
Depois de ter sido mutilado por uma baleia, o capitão Ahab procura vingar-se.

«Uma esperança mais forte do que o mar», um livro que aborda a situação dramática dos refugiados

A Porto Editora publica no próximo dia 20 uma obra essencial sobre uma das maiores tragédias dos nossos dias. O livro Uma Esperança Mais Forte do que o Mar é da autoria de Melissa Fleming, diretora de Comunicação e a porta-voz do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

Texto sinóptico
Uma Esperança Mais Forte do que o Mar é uma chamada de atenção para a situação dramática por que passam largos milhares de refugiados sírios que procuram abrigo na Europa, tentando escapar a uma guerra que destruiu o seu país. Esta é a história extraordinária de uma jovem corajosa e da sua luta pela sobrevivência.

«Melissa Fleming é a porta-voz mais competente que eu encontrei em 45 anos de vida política e profissional. Mas o que este livro demonstra vai muito para além disso. Ele revela não só o conhecimento profundo do tema dos refugiados em toda a sua complexidade, a inteligência das análises e o talento literário da autora, mas também uma extraordinária sensibilidade humana, um profundo empenhamento militante numa causa tão nobre e uma total solidariedade com os que sofrem, com os mais vulneráveis dos vulneráveis neste mundo cruel. Um livro admirável duma autora que o não é menos.»
António Guterres

«Um dos nossos maiores erros quando olhamos para a «crise dos refugiados» é pensar em multidões em marcha, numa massa informe, onde só se perceciona ruído e se teme uma «invasão». Tenho para mim que essa imagem perturba a verdadeira compreensão do que quer dizer a tragédia de cada uma desta pessoas. As massas apagam as pessoas. Tiram-lhes a alma. Na verdade, deveríamos ser capazes de parar em cada uma destas pessoas, sem desviar o olhar, nem acelerar o tempo. (…)
O extraordinário nesta obra de Melissa Fleming é ter captado esse ângulo essencial.»
Rui Marques (Plataforma de Apoio aos Refugiados)

terça-feira, 11 de abril de 2017

«A Última Paragem», de Matt de la Peña e Christian Robinson

Editora: Minotauro
Data de publicação: Março de 2017
N.º de páginas: 32

Cada vez mais os livros infantis me fascinam. Talvez por ter sido uma criança que nunca teve contacto com eles, agora, já na casa dos trinta, este género de livros me satisfaz tanto, ou mais, que um bom romance. Os livros infantis têm o poder de nos adultos fazê-los regredir na idade, dando a oportunidade de eles serem novos novamente. Sou da apologia de que os livros infantis são para serem lidos por leitores de qualquer idade.
As mais belas e profundas histórias infantis ilustradas são de autores estrangeiros, pelos diversos títulos que tenho lido, é esta a minha percepção. A Última Paragem, um dos títulos que marcam o regresso da Editora Minotauro à edição, é um desses livros.
Esta história narra a viagem de uma avó e do seu neto numa manhã um pouco chuvosa de domingo. Tem como ponto de partida uma igreja e como término a rua do mercado de um bairro inóspito, pouco convidativo a passeios.
Alex, uma criança afro-americana alegre e curiosa, está na “idade dos porquês”, uma fase extenuante para a maioria dos adultos, mas não para esta avó que tem sempre uma resposta sapiente para cada uma das questões que o rapaz direcciona a ela durante o caminho a pé e de autocarro. Cada uma das respostas, nem muito fáceis de assimilar nem muito complexas, fazem Alex pensar por ele próprio. Por não ter uma identidade ainda construída, e estando numa fase de crescimento em que observa e sente muito mais estímulos do que consegue entender, as preciosas lições da avó farão ele reflectir sobre valores como a compaixão, a empatia e o respeito.
Nesta viagem, ambos se deparam com pessoas de raças, corpos, estilos, idades e classes sociais diferentes, caminham por um bairro degradado, escuro e sujo e cheio de grafítis nas paredes. Será que perante essa realidade, por mais dura que seja de entender por uma criança, Alex conseguirá vislumbrar alguma beleza, algum ponto positivo?
Quando ele pergunta: «Porque é que esta zona está sempre tão suja?», a avó diz: «Por vezes, quando estás rodeado de lixo, consegues ver melhor as coisas belas».
Last Stop on Market Street, título traduzido para português por Isabel Neves, é um livro que explora de forma acutilante as diferenças entre pessoas, sejam elas físicas ou sociais. Matt de la Peña, autor de outros livros infantis e romances Young Adult, narra de forma singela e com agudeza uma história simples mas ao mesmo tempo recheada de valores e ensinamentos que nos devem acompanhar por toda a vida, e que nos devem ser incutidos desde tenra idade.
A Última Paragem é uma obra que está repleta de metáforas visuais. Por exemplo, não são necessárias legendas para entendermos o sentido de um arco-íris a raiar por trás de um edifício cinzento. As ilustrações a tinta acrílica a cargo de Christian Robinson, onde predominam a linha geométrica, figuras humanas e espaciais niveladas e de traço espontâneo, destacam-se pelo seu colorido e expressividade, e complementam e enriquecem o texto. Eis, portanto, uma obra cuja mensagem é intemporal.

sábado, 8 de abril de 2017

Jornalista do Correio da Manhã publica este mês dois livros

Tânia Laranjo, jornalista do Correio da Manhã e da CMTV, publica a 13 de Abril Mãe, não desistas de viver, uma história verídica de uma mãe cuja filha é morta pelo pai por vingança. A obra tem a chancela da Editora Chá das Cinco.

Menos de uma semana depois, outro livro da autoria da jornalista chega às livrarias, com o selo da Oficina do Livro. Tânia Laranjo, que sempre se dedicou a trabalhar na área da Justiça, tendo acompanhado vários casos mediáticos como a investigação ao desaparecimento de Maddie, o escândalo Casa Pia e a Operação Marquês, passou para o papel todos os contornos do caso do homem mais procurado do país durante vinte e oito dias, em Outubro de 2016: Pedro Dias. O Fugitivo: A História de Pedro Dias é um livro com 160 páginas que podem ser lidas a partir do dia 18 deste mês.
Em seguida, os textos sinópticos.
https://www.facebook.com/silenciosquefalam
Esta é a história verídica de Ana. Uma menina de sete anos morta por um pai para se vingar da mulher que o abandonou. É também a história de Carolina, a mãe, e da sua viagem ao inferno. E de João, esse pai que ninguém conhecia verdadeiramente, e que foi capaz de matar quem amava.
Esta história é a junção de muitas histórias reais. Todos os anos há crianças que são assassinadas em contextos de divórcios litigiosos. Pais ou mães que matam os filhos por vingança, para provarem que ganharam. Para castigarem quem só queria ter outra vida.
Depois de vários anos de jornalismo e a fazer reportagens de violência doméstica, Tânia Laranjo continua sem respostas perante a morte de crianças. E, com esta obra poderosa e muito pessoal, leva-nos a questionar como é possível o amor andar de mãos dadas com a mais pura das maldades.


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Em outubro de 2016 Portugal acordava com a notícia de dois homicídios em Aguiar da Beira. O suspeito dos crimes acabaria por fugir e tornar-se-ia, durante vinte e oito dias, o homem mais procurado do país.
Tânia Laranjo foi destacada, inicialmente, para cobrir a notícia dos homicídios. Acabou por ficar durante os dias da fuga, acompanhar a ação das forças policiais, descobrir casos de Justiça em que Pedro Dias esteve envolvido e que, na maioria das vezes, não chegaram à barra dos tribunais. Porquê? Em Arouca ainda se acredita na inocência do deste homem, mas em quem acreditar?
A jornalista vai para além dos dados cronológicos, situa-nos numa vila que viveu dias de medo, descreve-nos cada passo da investigação, revela-nos o estado psicológico dos jornalistas que acompanharam o caso, leva-nos ao local e aos dias do crime e da fuga e deixa-nos com a pergunta: quem é afinal Pedro Dias?

5 novos títulos lançados pelo Grupo Porto Editora

A escritora australiana Emily Bitto oferece-nos em Os Vadios, o seu romance de estreia, uma narrativa comovente acerca da amizade insuperável entre duas raparigas com uma cumplicidade muito própria - de um lado a voracidade e irreverência de Eva, do outro o torpor e uma certa rigidez de Lily - ambas como que alimentando-se uma da outra. Uma fascinante história de ambição, sacrifício e lealdades comprometidas. Com esta obra a autora venceu o Prémio Stella 2015 e o reconhecimento da crítica. 

Edgar Wallace, um dos mais prolíficos autores de histórias policiais do século XX, é o autor de A Pista do Alfinete Novo, uma trama de mistério de quarto fechado com sabor oriental, publicada originalmente em 1923, altura em que Wallace era o autor mais lido em Inglaterra.

A Assírio & Alvim publica Épico de Gilgamesh, obra conhecida por ser um dos mais antigos textos literários. Este longo poema narra em 12 cantos os feitos heroicos do rei Gilgamesh. O livro cuha tradução e notas são de Francisco Luís Parreira, chega a 13 de Abril às livrarias.

Um elogio da imprensa italiana sobre A tentação de sermos felizes, de Lorenzo Marone: «Este romance deve grande parte do seu êxito ao maravilhoso personagem criado por Marone, Cesare Annunziata, e à circunstância, divertida e paradoxal, de ser um excelente romance de formação no qual o protagonista tem mais de setenta anos.»

O Bairro da Lata, de John Steinbeck, um livro há muito esgotado, volta às livrarias com nova edição. Publicado pela primeira vez em 1945, este é um romance onde o autor recupera o cenário do seu primeiro grande êxito, O Milagre de São Francisco, escrevendo com um misto de humor e comoção sobre a aceitação da vida como ela é, no seu jogo entre um sentido de comunidade e a solidão da existência.