domingo, 15 de abril de 2012

«A Tragédia do Titanic», de Walter Lord

Editora: Presença
Ano de Publicação: 1998
Nº de Páginas: 176

«Em 1898, Morgan Robertson, um escritor, engendrou um romance sobre um transatlântico formidável, um paquete de dimensões nunca vistas. O navio ia repleto de gente rica e numa noite fria de Abril, embatia contra um icebergue, afundando-se. De certo modo, o acidente vinha provar a futilidade das coisas humanas e não foi por acaso que o romance foi publicado com o título Futility. Passados catorze anos, a White Star Line, construiu um paquete que apresentava semelhanças notáveis com o navio de Robertson […] Ambos tinham capacidade para transportar cerca de 3000 passageiros e, em ambos os casos, os salva-vidas só chegavam para uma parte deles. Como ambos os navios eram considerados “insubmergíveis”, ninguém se preocupou muito com isso. A 10 de Abril de 1912, o paquete saiu de Southamppton para a viagem inaugural eu o levaria a Nova Iorque […] Durante a viagem chocou com um icebergue e foi para o fundo, numa noite fria de Abril. O paquete de Morgan Robertson chamava-se Titan; o outro tinha o nome de Titanic. Esta é a história da última noite do navio de passageiros.» (p. 13).
Uma curiosidade: foi ponderado irem com os sobreviventes para os Açores. «O porto mais perto era Halifax, mas havia iceberguers pelo caminho, e pensou que os passageiros do Titanic já tinham visto gelo suficiente. Os Açores estavam mais de acordo com o programa de Carpathia, mas não tinha roupas nem provisões para ir tão longe. Nova Iorque era a solução mais cara, mas decidiu-se por Nova Iorque.» (p. 139).
Walter Lord entrevistou 63 sobreviventes antes da publicação do livro em 1955, e é absolutamente comovedor e dramático alguns episódios verídicos contados por algumas dessas pessoas. No fim do livro está a lista oficial de passageiros, dos mortos e dos sobreviventes. São quinze páginas de nomes dentre os quais quatro são portugueses (José Jardim, Manuel Gonçalves, Domingos Coelho e José Joaquim Brito (os três primeiros eram madeirenses)).
A Tragédia do Titanic é mais do que apenas mais um livro sobre o naufrágio. É um livro de não-ficção que se sente mais como um grande romance.
Hoje, 15 de Abril de 2012, o naufrágio do Titanic completa 100 anos. Também nas livrarias o centenário não passará em branco, e este é um excelente livro para quem quiser “aprofundar” os seus conhecimentos acerca da história real.

6 comentários:

Teté disse...

Talvez encontre o livro na Feira do Livro de Lisboa, já é o segundo post que leio sobre o assunto. Com ou sem livro, foi uma tragédia para a qual a humanidade não estava preparada, convencida que estava das suas bases científicas e progresso... ;)

Bom domingo!

ps - coincidência ou não, é estranhíssimo que o escritor tenha "previsto" uma tragédia destas, 14 anos antes...

Jose disse...

O Titanic sempre foi um tema que me suscitou algum interesse... É irónico como o navio que afirmava que nem Deus conseguiria afundá-lo acabou por descer às profundezas do oceano logo na sua viagem inaugural, levando consigo cerca de 1500 vidas (quando, pelo menos, podiam ter sido salvas muitas mais - os botes salva-vidas, além de serem poucos, foram lançados sem estarem totalmente cheios, com mais de 20 lugares vazios cada um)...

Helena disse...

Sim, há imensas coincidências entre o Titanic e textos, factos, premonições...

Maria Elisa disse...

É muito, mas muito curioso!!

Fiquei curiosa em ler esse livro. Vou procurá-lo na proxima ida á livraria.

Obrigada Miguel por partilhares :)

Beijinhos

Raquel disse...

É espantoso como o autor conseguiu prever este acidente, como a Teté mencionou acima.

Este livro deve ser bastante forte, mas parece ser uma excelente leitura para aprofundar o tema.
Despertou-me a curiosidade. :)

Miguel Pestana disse...

é para isso que os livros também servem..para DESPERTAR...

Tem muita informação pormenorizada sobre os factos ocorridos nesse dia 15.

Aconselho a leitura Kel