quinta-feira, 19 de julho de 2012

Crónicas do Avô Chico, de Pedro Jardim

Editora: Chiado Editora
Ano de Publicação: 2011
Nº de Páginas: 149

A presente obra de Pedro Jardim marca a sua estreia no campo da literatura, com um livro em formato de crónica de cariz autobiográfico. Nela, o autor narra pequenas histórias vivenciadas durante a sua infância, durante as férias de Verão, na casa dos seus avós maternos, em Vila Viçosa, no Alentejo.
O narrador na maioria dos episódios que conta ao leitor é o Pedro, menino de 6 anos, mas há alturas em que a voz que se ouve é a do Pedro, de hoje, o Chefe de Polícia, o pai, o escritor.
A personagem fundamental destas suas crónicas nostálgicas, além de haver outras, é o seu avô Francisco da Silva Jardim, a quem dedica, aliais, esta sua primeira obra literária.
O avô Chico foi uma figura que o marcou profundamente, numa fase da vida em que ele – e todos nós – estamos curiosos em saber como o mundo é, realmente. As primeiras respostas sobre a vida, sobre os costumes de se viver no campo, o saborear das comidas caseiras da avó, as primeiras brincadeiras de meninice – jogar ao berlinde; jogar ao pião; altear as joeiras/ papagaios de papel, a apanha de frutos silvestres, mas principalmente, as lições que aprendeu com esse senhor alto, que andava sempre de chapéu de feltro, o seu avô.
Algumas histórias são caricatas, como a d’O gato Benfica, ou até a d’A pasteleira do Galela. Cada uma das quinze histórias são contadas em poucas páginas e sucintamente, e todas prestam tributo ao Alentejo e às suas gentes e tradições.
O avô escrevia poemas e o autor aproveitou alguns desses textos para inserir na abertura de cada capítulo/ cena. Um ponto forte a salientar nesta obra são as diversas ilustrações que antecedem a leitura de cada capítulo, que nos dão uma previsão do conteúdo a ser contado logo em seguida.
O afecto, a gratidão, a nostalgia, são apenas três sentimentos que nota-se no autor, após terminarmos de ler Crónicas do Avô Chico.
É um livro transversal, que tanto pode ser lido por pessoas dos oito aos oitenta e oito, até porque a escrita utilizada por Pedro Jardim na concepção deste livro é muito simples e acessível.
«Se acaso te aborrece,
Meu olhar continuado.
Não incrimines os meus olhos,
Culpa teu rosto engraçado.»
Francisco Jardim

1 comentário:

Pedro Jardim disse...

Olá a todos,

Adorei a crítica,

Obrigado Miguel Pestana,

Já sabem: para quem quiser, além de poderem encontrar o meu livro nas grandes superfícies comerciais (pedido via net); pequeno comércio e site da minha editora (Chiado Editora) podem contactar comigo para adquirirem os vossos exemplares da minha obra.

Vantagem do envio pelo autor:

Envio sem portes de correio e que irá acompanhado de uma dedicatória personalizada.

Abraço largo a todos e espero que tenham gostado tanto da crítica como eu e que vos leve a adquiri-lo.

Pedro Jardim