segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Editora Glaciar lança «O Cortiço», um dos clássicos da literatura brasileira, e «Antologia Poética», de Antonio Frederico de Castro Alves

O Cortiço, de Aluísio de Azevedo

Nº de páginas: 360 | Encadernação: capa dura | Colecção: Biblioteca da Academia
Escrito num período de profundas transformações na paisagem urbana do Rio de Janeiro, captadas com o registo cru do naturalismo, que rejeitava qualquer forma de idealização do real, O Cortiço é o romance mais exemplar da estética realista-naturalista. Nele pode-se perceber com clareza a visão que os naturalistas tinham das reações sociais no desejo de enriquecimento que toma João Romão, a personagem principal. Um livro imprescindível em qualquer biblioteca clássica brasileira.




Antologia Poética, de Antonio Frederico de Castro Alves


Nº de páginas: 248 | Encadernação: capa dura | Colecção: Biblioteca da Academia
Antonio Frederico de Castro Alves (14/03/1847 - 06/06/1871) foi um dos maiores poetas brasileiros. Conhecido como "Poeta dos escravos", é o patrono da cadeira número 7 da Academia Brasileira de Letras, e tem comemorado na data de seu aniversário o Dia Nacional da Poesia no Brasil. Nasceu no interior da Bahia, filho de um culto médico, que lhe assegurou a melhor educação possível, possibilitando sua aproximação com ideais republicanos e abolicionistas. Apreciador da literatura universal e brasileira foi grande orador desde a adolescência. Escrevia seus poemas para serem declamados publicamente, principalmente em Salvador e Recife. Aos vinte e dois anos era muito conhecido e, inclusive, copiado por outros poetas em várias regiões do país. Intencionava não só ser um grande poeta, mas um grande poeta político que contribuiria com mudanças na sociedade. Abolicionista, encarou um problema de seu tempo, levando a causa, ainda que de início amparada pela emoção, a adentrar vagarosamente na consciência nacional de um país em que a escravidão era naturalizada. Considerado bonito e elegante, flirtou com várias mulheres, o que lhe rendeu murmurinhos sobre escândalos nas cidades onde viveu. Seu relacionamento mais duradouro foi com a atriz portuguesa Eugênia Infante da Câmara, dez anos mais velha. Castro Alves viajou consideravelmente pelo Brasil. Além do Nordeste, morou em São Paulo e passou duas temporadas no Rio de Janeiro. Na primeira delas, foi recebido por José de Alencar e, posteriormente, encontrou-se com Machado de Assis, tendo sido elogiado pelos dois escritores veteranos. A trajetória de sucesso foi interrompida pela tuberculose, agravada a partir de um acidente durante uma caçada, quando sua espingarda disparou ferindo seu pé esquerdo. Morto aos 24 anos, Castro Alves deixou uma produção poética de rica unidade, capaz de reconhecer os conflitos dos homens de seu tempo e de superá-los poeticamente.
Outros títulos da colecção já publicados: ver aqui e aqui.

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